No dia do aniverásario de Ney Franco, o time do São Paulo deu um belo presente ao seu treinador: sua primeira vitória no comando da equipe. Mesmo jogando fora de casa na tarde deste domingo, pela 11ª rodada do Brasileirão, o São Paulo não se intimidou e venceu o Figueirense por 2 a 0, com gols de Ademilson e Willian José.
A vitória começou a ser construída logo com um minuto de jogo, o que deu tranquilidade para o Tricolor trabalhar a posse de bola durante a partida. O resultado levou o Tricolor paulista à quinta posição, com 19 pontos, enquanto o Figueirense estacionou nos oito pontos e termina a rodada na 18ª posição, dentro da zona de rebaixamento.
O São Paulo começou o jogo pressionando o adversário, dando mostras de como atuaria durante toda a partida. O Trimarcando seu primeiro gol logo no primeiro minuto da partida, com Ademilson. O atacante aproveitou um chute cruzado de Jadson para invadir a área e desviar para vencer o goleiro Wilson e marcar seu primeiro gol pelo time profissional do São Paulo.
Com uma vantagem importante conquistada antes mesmo do adversário passar do meio de campo, o Tricolor jogava com calma mas não conseguia ameaçar o time catarinense, principalmente pela falta de criatividade de seu meio campo. As principais jogadas ofensivas do Tricolor saiam dos pés de Jadson e Cortez.
O Figueirense apostava suas fichas na velocidade de Caio e na técnica de Júlio César, mas o nervosismo e a falta de qualidade nos passes atrapalhavam as investidas da equipe catarinense. A equipe parecia sentir a falta de Loco Abreu, pois insistia em cruzamentos na área, mesmo não tendo um bom cabeceador no ataque.
Quem se beneficiou deste cenário foi o São Paulo, o Tricolor segurava a posse de bola no campo de ataque, controlava o adversário e não era ameaçado.
O Figueirense começou a pressionar depois dos 40 minutos, principalmente com chutes de fora da área e jogadas de bola parada. Mas esta pressão não foi o suficiente para chegar ao empate.
Na volta para o segundo tempo, o técnico Abel Ribeiro mexeu no meio campo do Figueira, colocando Roni no lugar de Almir. A alteração deu um novo gás para o time, que começou a ameaçar o gol de Denis. A melhor chance do Alvinegro catarinense veio aos 13 minutos, quando Roni bateu falta para área e achou Júlio César livre no segundo pau após Denis sair mal para tentar cortar o cruzamento. O atacante tentou bater para o gol mas pegou errado na bola. Na sobra, Caio cabeceou para o gol, mas o zagueiro João Filipe salvou em cima da linha.
A bola parada se tornou a principal arma do Figueira, com Júlio César e Roni se alternando nas cobranças. Mas a equipe ainda parecia sentir a falta e insistindo nos cruzamentos para área.
A situação do São Paulo melhorou aos 24 minutos, quando o zagueiro Fred foi expulso após puxar a camisa de Cortez em contra ataque do Tricolor. Com a vantagem numérica o São Paulo voltou a dominar as ações e pressionar o adversário, mas sem conseguir chegar ao gol.
Percebendo que seu time estava acuado, Abel Ribeiro mexeu no Figueirense. O treinador tirou o lateral Coutinho e colocou o atacante Aloísio. Mesmo com a mudança, o meio campo do Figueira continuava sem criatividade e era presa fácil para o bom sistema defensivo do Tricolor.
O São Paulo ainda teve tempo de fechar o caixão do Figueirense. Aos 47 do segundo tempo, Rafinha roubou uma bola no meio campo e tocou para Willian José. O atacante partiu sozinho para cima do goleiro e chutou forte para marcar o segundo gol e dar números finais ao jogo.
O próximo compromisso do São Paulo será na quarta-feira, quando o Tricolor irá até Goiás para enfrentar o Atlético-GO no Serra Dourada. No mesmo dia, o Figueirense receberá o Internacional no Orlando Scarpelli.
FICHA TÉCNICA
FIGUEIRENSE 0 x 2 SÃO PAULO
Local: Orlando Scarpelli (Florianópolis)
Data/Horário: 22/07/2012 - 16h
Árbitro: Anderson Darronco (RS)
Assistentes: Márcio Eustáquio Santiago e José Chaves Franco Filho.
Renda/Público: R$ 173.310 / 9.445 pagantes
Cartões Amarelos: Anderson Conceição, Fred, Túlio e Pitoni (FIG); Willian José, João Filipe e Edson Silva (SP)
Cartões Vermelhos: Fred (FIG)
GOLS: Ademilson 1'/1ºT (1-0), Willian José 47'/2°T (2-0)
FIGUEIRENSE: Wilson; Coutinho (Aloísio, 36'/2°T), Fred, Anderson Conceição e Guilherme Santos; Doriva, Túlio, Pitoni e Almir (Roni, intervalo); Júlio César (Canuto, 27'/2°T) e Caio. Técnico: Abel Ribeiro
SÃO PAULO: Denis; João Filipe (Edson Silva, 22'/2°T), Rafael Toloi e Rhodolfo; Douglas, Denilson, Maicon (João Schmitt, 16'/2°T), Jadson e Cortez; Ademilson (Rafinha, 19'/2°T) e Willian José. Técnico: Ney Franco
- DENILSON: Na falta dos tradicionais líderes em campo, como Ceni e Luís Fabiano, Denílson chamou a responsabilidade para si, virou um xerifão e fez uma bela partida. Posicionou-se bem, movimentou-se melhor ainda, armou e desarmou incansavelmente até o final.
- ADEMILSON: Fez um gol de puro oportunismo no primeiro minuto de jogo, mostrando porque é a grande esperança da atual geração da categoria de base tricolor. Atual com raça, sempre mirando o gol. Ainda precisa de mais experiência para ser menos afoito, mas se for bem trabalhado deve ser um dos grandes nomes para o futuro próximo.
- NEY FRANCO: O time está mais marcador, depois da insistência do treinador nesse fundamento. Houve uma melhora sim, mas não dá para avaliar o trabalho dele diante de um time mosca-morta como o Figueirense, que não ganha uma partida há 10 jogos e está sem técnico, na zona do rebaixamento. Ainda assim, vamos dar um voto de confiança e rezar por dias melhores com ele - antes que a diretoria resolva demiti-lo...
- WILLIAN JOSÉ: Esse cara é patético, se atrapalha sozinho com a bola, se posiciona mal, reclama o tempo todo, cai o tempo todo, não acerta um único passe. Quase foi expulso por reclamação em uma bola besta, na intermediária, sem nenhum perigo de gol. Só conseguiu fazer um gol no final porque a defesa do Figueirense é uma mosca-morta e o zagueiro conseguiu cair sozinho na frente dele antes do chute. Fora isso, foi uma nulidade em campo. Nem para ficar na reserva Willian José tem futebol.
- JOÃO FILIPE: Leão não escalava o cara porque ele tem mania de dar driblezinho e fazer finta mesmo quando é o último homem. Contra os catarinenses, por duas vezes tentou firulas, perdeu a bola e quase tomamos gol. João Filipe não joga com seriedade e é mascarado.
- EDSON SILVA: Entrou no lugar de João Filipe e conseguiu ser ainda pior. É confuso, atrapalhado, derruba todo mundo. Só não consegue ser pior do que o Paulo Miranda - até porque isso é tecnicamente impossível...
- JADSON: É desanimador depender de um jogador como Jadson para armar as jogadas. Ele é lerdo, inseguro, perde mais da metade das jogadas que tenta armar. Além disso, passa muito mal a bola: ela chega sempre quadrada. Para piorar, é um dos piores batedores de escanteio que já tivemos. Por que sempre ele tem que bater os escanteios se não consegue acertar um chute direito?